💹 Cripto mira um mercado de quatrilhões
Como as DEX de derivativos se preparam para conquistar esse mercado
Se você acompanha de perto os grandes movimentos do mercado cripto, já deve ter notado: as DEXs de derivativos estão deixando de ser nicho técnico para se tornarem protagonistas de uma nova onda de inovação. Pouco comentadas fora dos círculos mais especializados, essas plataformas têm tudo para se tornarem o próximo mega negócio do setor — e os sinais estão cada vez mais evidentes.
Vamos começar com a comparação mais simples, porém mais reveladora: no mercado financeiro tradicional (TradFi), o volume negociado em derivativos é exponencialmente maior do que o mercado spot. Só o mercado de OTC (over-the-counter) de derivativos tem uma exposição superior a US$ 17 trilhões (números ISDA de medados de 2024), e isso não conta os contratos futuros e de opções. Somado, apesar de eu não ter encontrado fontes fidedignas para isso, não me surpreenderia de termos números alcançando os US$ 1 quatrilhão — trilhão já é lote de dinheiro, quadrilhao então! Em contraste, o mercado spot de ações, títulos e moedas parece quase modesto. A razão disto vem de derivativos permitirem alavancagem, hedge e estratégias complexas — a engenharia financeira em sua forma mais pura.
E no mundo cripto? O mercado já percebeu isso há algum tempo. Plataformas centralizadas (CEX), como Binance, Kraken, OKX e outras, dominaram o segmento de futuros, com destaque para os futuros perpétuos — uma invenção genuinamente cripto que, até hoje, não foi replicada no sistema financeiro tradicional.
-- A pergunta que sempre me faço é: por que isso nunca foi replicado em TradFi? Imagino que a resposta passe por questões regulatórias, pela complexidade operacional e pela ausência de infraestruturas suficientemente automatizadas para sustentar algo tão dinâmico quanto os futuros perpétuos. –
A primeira das DEXs de derivativos que me chamou a atenção foi a GMX, nos idos de 2022, com seu modelo de real yields — no qual parte das receitas da plataforma é distribuída diretamente aos principais detentores do token e usuários mais ativos. Um modelo bastante interessante, que, durante um período até longo, dominou esse setor.
Até que surgiu a Hyperliquid, uma DEX de derivativos que não só é uma aplicação, mas que também tem uma blockchain própria e se tornou dominante nesse segmento nos últimos meses. Confesso que, à primeira vista, dei pouca importância à proposta — a ideia de construir uma L1 específica para uma DEX de derivativos me parecia excessivamente arriscada e pouco funcional. A verdade é que eu estava errado. Desde que foi lançada, seu token explodiu de preço e ela assumiu a liderança do setor. Tanto é que, hoje, o market cap de HYPE (token da Hyperliquid) está no nível da Chainlink, entre os 15 maiores criptoativos atualmente.
Outro movimento que intensifica a disputa nesse espaço foi o lançamento da Aster, uma nova DEX de derivativos que tem o suporte do ex-CEO da Binance, CZ. Mesmo após deixar o comando da exchange, CZ segue influente e aposta pesado nessa vertical. A Aster chega prometendo alta liquidez, experiência de usuário fluida e foco em produtos estruturados — e com a vantagem de ser multi-chain. O início não poderia ser melhor. Com pouco mais de duas semanas de existência, ela já teve dias de volume de trading superior ao da Hyperliquid. Seu token, ASTER, não para de subir e já a coloca entre os 50 tokens com maior market cap do mercado.
O que torna esse movimento ainda mais interessante é o diferencial cripto: a capacidade de lançar produtos financeiros sem pedir permissão. DEXs de derivativos não dependem de clearing houses, custodians, nem de permissões regulatórias tradicionais. Blockchain e smart contracts permitem que muitas das funções desses agentes sejam automatizadas, gerando uma eficiência enorme — ainda mais em um mundo onde quase ninguém faz trading sem o auxílio de um robô.
Estamos, possivelmente, diante do próximo grande ciclo de crescimento cripto. Assim como os DEXs de spot ganharam tração pós-DeFi Summer, as DEXs de derivativos podem inaugurar uma nova fase, onde eficiência, inovação e descentralização se encontram. Imagina juntar isso com a tokenização de ativos financeiros dentro do ecossistema cripto, movimento que ONDO, BACKED e outras estão encampando. Quanto falta para estarmos negociando futuros perpétuos de ações tokenizadas da Nvidia, da Apple — ou até de títulos públicos americanos — de forma descentralizada, automatizada e global? Voce me diz.
Abcs,
Gustavo Cunha
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Futuros perpétuos de ativos tradicionais no mercado crypto... Amigo, tá tudo muito barato, isso sim! 🚀
Excelente artigo! 👏🏻👏🏻