🧠 Execução versus ideia
É mais importante a idéia 💡 que nos dá o rumo a seguir ou o caminho para chegar lá?
Tendo já investido em várias fintechs e tokens ao longo da última década, e interagido com milhares de pessoas, uma coisa que aprendi é que capacidade de execução ou, em outras palavras, entrega, é muito mais importante do que qualquer ideia.
Cruzei ao longo desse período com empreendedores fantásticos, realmente cativantes, e com visões de futuro espetaculares e que poderiam ter entregado grande valor, mas que por conta da sua mente criativa e borbulhante de ideias se perderam em coisas mais mundanas como alinhamento de equipe, priorização e outros fatores chatos, mas totalmente necessários, para que uma iniciativa fique de pé e se expanda.
Muitos dos casos de sucesso que tenho visto não são ideias totalmente disruptivas, mas que foram executadas de maneira a endereçar uma dor. O encontro dessa dor talvez seja o grande fator que possibilite um bom executor ter sucesso.
Um ponto as vezes negligenciado é que para que a pessoa seja um bom executor tem que haver alguma paixão no que ela (e) está fazendo. Eu, por exemplo, me considero um bom executor. Adoro ter uma visão clara de para onde quero ir e rumar nesse sentido, atravessando todos os obstáculos e sem perder a visão da meta final.
O drive para isso, em geral, está associado a reconhecimento e, porque não dizer, dinheiro. Essa forma talvez seja a mais antiga da sociedade expressar reconhecimento pela sua contribuição.
Mas dinheiro nunca foi a única forma de reconhecimento e, interagindo com pessoas mais novas, cada vez o vejo com um peso menor no que as pessoas fazem. Ao mesmo tempo todos almejam ter o seu tênis “abcd” da Nike, fazer uma viagem incrível ou ter/alugar um carro/casa/barco fantástico.
Na minha cabeça me parece um descolamento da realidade, mas em um mundo onde inteligência artificial está entrando com força e possivelmente não haja mesmo atividade e função, para não dizer emprego, para todos, talvez esteja na hora de termos menos individualismo e mais coletivismo. Impensável para minha geração e para a maioria das culturas ocidentais, mas um tema importante de ser discutido.
A parte de ser uma pessoa focada e direcionada me parece muito uma questão de perfil e testes ajudam muito nisso. Para quem nunca fez um, não utiliza em suas empresas ou decisões em relação a investimentos em startups, aconselho fortemente começar a olhar isso. O que mais conheço é o DISC e usei muito ele tanto em gestão de equipe quando em contratações. Eu já fiz alguns para mim mesmo também e são uma forma muito interessante de você se conhecer melhor, seus pontos fortes e fracos.
Voltando à questão de execução, muitas vezes vejo grandes executores, mas que não tem uma direção e daí a coisa não funciona tão bem. Executar por executar não funciona. Uma direção, estratégia, capacidade de se adequar à situação são essenciais.
E aqui entra o segundo ponto a ser analisado em um grande executor. O quanto ela (e) acreditam naquele projeto/ideai. Ou talvez antes. Qual o projeto. E aí voltamos para a dor. Ela(e) acredita que é aquela mesmo a dor? O quão cabeça dura ela(e) é para persistir naquele caminho? Isso é bom?
No campo pessoal todos temos períodos em que temos uma visão boa do futuro e períodos em que temos dificuldade de enxergar um palmo na nossa frente. O que nos tira da cama todos os dias? Essa é uma pergunta que por vezes respondemos prontamente e por vezes ficam ecoando no ar.
Assisti recentemente o documentário da Netflix sobre o Arnold Schwarzenegger e duas coisas achei bem interessantes. (ALERTA DE SPOILER – se for ver ainda pule para o próximo parágrafo). O quanto obsessivo ele é quando coloca uma meta na cabeça e o fato de ele estar sempre buscando mais. Será ele feliz com isso? Na questão de ter metas ele mesmo diz que teve sorte de sempre ter uma visão muito clara de um novo objetivo assim que um objetivo anterior tivesse sido atingido. Uma dádiva que poucas pessoas podem dizer que tem.
Gosto muito da visão do Simon Sinek sobre você encontrar o seu porquê e isso pode ajudar muitos dos empreendedores que tem um foco na execução, mas não encontram o que os move, o que os faz levantar todos os dias.
Um exercício que lembro ele sugerir é o de você perguntar ao seu melhor amigo(a), porque ele é seu amigo. Após o espanto e alguns vaivéns, esse amigo começa a falar dele e o como você o faz ser uma pessoa melhor/mais feliz/etc... E, segundo ele, Simon, fazendo isso com mais de um amigo você notará que as respostas afunilam para poucas coisas e é nisso que está a sua essência, como as pessoas o veem, e o impacto que tem nelas.
Como todos buscamos reconhecimento, exaltar o que fazemos que aumente esses pontos nas outras pessoas nos dá uma sensação de felicidade e nos ajuda a termos um rumo a seguir, a encontrarmos o nosso porquê. Não fiz e não sei se isso funciona assim mesmo, mas confesso que fiquei com vontade de tentar um dia. 😉
Por fim, volto no ponto que comecei, execução ou ideia, o que pesa mais? Na parte de investimento não tenho dúvidas de que execução é importante, talvez mais(?), mas um executor que não tenha uma direção a seguir, uma ideia bem definida do futuro, um rumo, fica dando volta e não sai do lugar.
No campo pessoal, cabe a nós entendermos melhor nosso perfil e o que nos move e se, assim como eu, você for de um perfil executor, como fazer para encontrar esse rumo que nos motivara a trabalhar em direção a ele a cada momento.
Finalizo esse texto com uma frase brilhante do Thomas Edison: "Ter uma visão do que você quer não é suficiente. Visão sem execução é alucinação."
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Não basta pegar a gota, o melhor é a troca e reflexão. :)
Partindo do ponto que vivemos um momento de FORTÍSSIMOS VIESES DE COGNIÇÃO que levam a baixa capacidade de PENSAR com profundidade, a palavra COLETIVISMO me chamou a atenção.
Hoje já estamos TODOS trabalhando para o coletivo. Quem discorda desta afirmação, esta enquadrado, no que gostei de ver no texto e uso frequentemente no meu dia-a-dia quando converso com os mais jovens nos: DESCONECTADOS DA REALIDADE, como você bem escreveu.
Quem não tem uma atividade, uma função, sofre HOJE e sofrerá no futuro. Ter uma função SEMPRE será importante. É isso que motiva a humanidade, somos "resolvedores de problemas".
Sobre o dinheiro, sim é parte do que buscamos e essa é inclusive a parte mais fácil, bem definida e justa e não precisa ser o dinheiro (USD, EUR ou R$), mas ele é parte da solução e não do problema.
A questão é que os DESCONECTADOS DA REALIDADE felizmente não passaram por períodos de verdadeira dificuldade. Tem a visão curta, não conseguem enxergar e olhar para fora das suas janelas ou para mais longe que seus celulares. Temos desafios para mais de 100 anos. Vivemos num mundo onde existe FOME e até o momento ESTAMOS LONGE de resolver.
E para que não fique uma reflexão desconexa, entre a execução e as idéias, o executor e artista. Encontrar e atrair as melhores pessoas sempre foi o desafio e seguirá sendo. Trocamos muitas letrinhas, várias siglas, mas quando o "calo apertar" os resolvedores resolverão. Um time com maioria de executores focado em uma idéia mediana tem capacidade de transforma-la em uma excelente ENTREGA e o contrário não é verdade.
** Este texto não foi gerado com o CHAT GPT.
Um Abraço.