Diz o ditado que uma pessoa tem que cumprir três coisas na sua vida: plantar uma árvore, ter filhos e escrever um livro. Tendo já cumprido as duas primeiras, lá fui eu em busca de completar a terceira e que se materializa agora com o lançamento do meu livro “A tokenização do dinheiro” pela editora Almedina. O que segue aqui é um pouco da trajetória que tive rumo a esse momento.
Bem, a primeira coisa que tive que tirar da frente em relação a escrever um livro foi a tal da síndrome de impostor, que afeta todos os que produzem conteúdo. Aquela sensação de que estamos escrevendo algo que já foi dito, que não somos tão bons (em conteúdo ou explicação) quanto achamos. No meu caso, felizmente isso já foi superado há anos, desde que comecei a escrever artigos para a infomoney há mais de 5 anos. Confesso que no começo tinha muito desse sentimento, mas com o passar dos anos ficou claro para mim que a experiencia que tenho, os grupos que frequento e o processo e encadeamento da escrita são únicos e tem o seu valor.
O feedback durante esses anos de inúmeras pessoas foi (e é) um dos grandes fatores que me levaram a essa percepção. Incluindo feedbacks e inúmeras pessoas que considero referencias e, porque não dizer, melhores do que eu, em áreas que escrevo. Essa interação foi e é essencial em todo o processo de escrita que faço. Para mim escrever é como uma conversa, coloco o que acho sobre assuntos na expectativa de que as pessoas leiam, reflitam e venham discutir.
São inúmeros os exemplos onde meus textos geram discussões superinteressantes em grupos mais fechados que participo. Adoro isso! Verdade que um aprendizado dos últimos anos tem ajudado nisso: o de colocar títulos mais polêmicos! Afinal, pegando aqui novamente uma frase que ouvi recentemente do Senra, educar hoje requer informar, entreter e engajar!
Seguindo, fui pensar em como começar a formular um livro. Escrever um artigo de word de 150 páginas direto não é nada fácil. Tendo eu feito já dissertação de mestrado e também o projeto do meu PHD, sei o quanto é difícil manter a linha mestra em textos tão longos. E aí a saída veio de uma conversa com um amigo em São Paulo. Por que não usar os artigos que escrevia como um guia para o livro? Ideia simples e ao mesmo tempo fenomenal.
E foi assim que segui. Imaginei os capítulos do livro e os temas que gostaria de tratar e fui escrevendo artigos sobre eles. Isso ajudou muito, mas também trouxe uma outra preocupação. A de efetivamente fazer um livro e não um apunhado de artigos. E isso deu um bom trabalho no final, já que tive que ler e ajustar todos os artigos para ficarem encadeados e atualizados. A surpresa nessa jornada foi ler artigos que tinham o conteúdo muito similar e com as mesmas opiniões e outros que as vezes pareciam até contraditórios pois analisavam o mesmo problema sob outro ângulo. Um sinal inequívoco de que eu estava aprendendo e ajustando minhas opiniões durante os meses em que escrevi esses artigos.
Aqui já tinha a confiança de que tinha conteúdo para passar e tinha algo escrito. Daí vem o começo da saga de como escrever um livro. Word já estava bem encaminhado, mas daí a ter um livro são outros 500. Com quem falar? Precisa de editora? Quais os prazos? Coloca o livro digital? Faz somente um e-book? Muitas dúvidas e fui em busca de solucioná-las.
A pessoa essencial nesse processo foi o Daniel Duarte que já havia publicado dois livros no Kindle e que me deu o caminho das pedras. O primeiro foi falar com uma pessoa para revisar o meu texto em word. Esse passo é muito importante pois você lendo seu próprio texto deixa passar vários erros e ter uma leitura de uma terceira pessoa ajuda muito nisso. Além disso, a pessoa que escolhi para isso entendia algo de cripto, e também muito de edição, e me ajudou a levantar pontos que eu ia direto (sem explicar) e que, para pessoas com pouco conhecimento sobre o assunto, tornaria a leitura e entendimento difíceis. Inclusive, esse processo me fez gerar um capítulo de pré-leitura, explicando aspectos básicos sobre o tema e tornando o livro acessível a todos.
Nessa incursão sobre o mundo de publicações logo no começo ficou claro que eu tinha dois caminhas que podiam ser seguidos: O da Amazon e o das Editoras. Amazon é muito mais rápida e direta e também imprime (on-demand) o livro. Só que no caso do Brasil, que é o maior mercado para meu livro, a impressão é feita em gráfica no exterior o que faz com que o custo de frete fique caro. Entre ter o arquivo word pronto e lançar o livro na Amazon o processo não demora mais do que duas semanas. O das editoras, entre a recomendação, aprovação dela do tema e autor, revisão, formatação, capa etc. temos um processo que não demora menos do que 5 meses.
Além disso os percentuais para os autores no caso da Amazon são bem mais vantajosos do que os negócios via editoras. Por outro lado, no caso das editoras, você ganha uma “força de vendas”, uma plataforma de lançamento e uma capilaridade bem maior. Não vejo a hora de entrar em uma livraria e encontrar meu livro lá exposto! 😉
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Aqui vale um ponto sobre o objetivo de se escrever um livro. Tirando alguns autores, a maioria de ficção, esperar ganhar dinheiro com publicação de livro não deve ser nunca o objetivo principal. Obvio que se acontecer e for um megassucesso, esse dinheiro é bem-vindo, mas livro como o meu, de nicho e sobre um tema mais específico, não é de se esperar que venda milhões de unidades. O objetivo aqui, no meu caso, são dois: conseguir acessar um público que eu não acesso ainda, ou seja, levar minha mensagem a mais pessoas, e consolidar a minha visão e experiencia nesse setor de tecnologia.
Voltando ao ponto de decisão sobre o que fazer com o arquivo de word eu decidi fazer um caminho híbrido, lançando primeiro o livro na Amazon, que chamei de V1 enquanto ia tocando o processo com a editora. Para não haver problemas com a versão em papel, na Amazon lancei somente no kindle (eletrônico). Esse processo foi muito importante pois recebi inúmeros feedback das mais de 250 pessoas que compraram ele no kindle. A versão que sai agora na editora tem o mesmo DNA do livro do kindle incorporando os feedbacks, a revisão da editora e atualizações que se faziam necessárias.
Por fim, escrever para mim é um prazer enorme e, mais do que isso, a interação e discussões que decorrem do que escrevo são únicas e muito apreciadas. Espero que a expectativa que tenho em relação ao lançamento do livro se consolide e que esse seja somente o primeiro. Afinal de contas, já devo ter plantado mais de 100 árvores, tenho dois filhos, por que deveria me limitar a apenas um livro?! 😉
E para você que chegou até aqui e tem também na cabeça essa ideia de escrever um livro, me diga o que achou? Que dúvidas tem? O que te impede?
Abraços,
Gustavo Cunha
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Eu cheguei até ti por conta do seu livro. Apesar do amor ao cheiro e os formatos dos livros, o Kindle ajuda muito na leitura e anotações e no aprendizado em Cripto tem ajudado mais ainda. E na na academia ponho a Alexa no celular pra ler pra mim. Quando ao me chama atenção eu marco ou anoto algo.
E vc já pensou num segundo livro?
Eu sei o tamanho da dedicação para este livro acontecer. Muito orgulho! Sucesso, Gu!