💲O melhor investimento do Brasil - e talvez do planeta
Sua construção de riqueza pode estar no ativo mais previsível e seguro do mercado
* Artigo publicado originalmente na minha coluna do Valor Investe em 24 de junho de 2025
Enquanto o noticiário financeiro se contorce em torno do câmbio, da Selic, dos juros americanos e da crise fiscal, uma janela histórica de oportunidade segue aberta — e ignorada por muitos. Trata-se do Tesouro IPCA+, que hoje oferece uma taxa real superior a 7% ao ano. Sim, você leu certo: 7% ao ano acima da inflação. Poucos ativos no mundo – arrisco dizer nenhum - oferecem essa combinação de previsibilidade, proteção e retorno real.
Essa é, sem exagero, uma das assimetrias mais gritantes do mercado brasileiro nos últimos anos. E quem entende o funcionamento dessa engrenagem percebe: não é só uma boa oportunidade, é uma construção sólida de patrimônio com risco mínimo dentro da moeda.
A força dos juros reais compostos
Vamos ao básico, com números. Se você investir R$ 100 mil hoje em um Tesouro IPCA+ pagando 7% reais ao ano, e carregar esse título por 20 anos, seu patrimônio final — já descontada a inflação — será de aproximadamente R$ 386 mil. Isso significa multiplicar seu poder de compra por quase quatro vezes. Simplesmente impressionante!
Essa taxa, repito, é real. Ou seja, o valor final preserva todo seu poder aquisitivo frente à inflação do período. Voce consegue comprar 4x mais do que comprava na época do investimento! É diferente de aplicar em algo que rende 14% ao ano nominal — o que parece excelente, mas se a inflação for de 10%, o ganho real é apenas 3,6%.
É aqui que muita gente se perde: o que importa é o juro real, não o nominal. Apesar de muitos brasileiros terem essa noção na cabeça me parece que poucos tem aproveitado essa janela atual.
O menor risco é o da moeda em que você vive
Um ponto pouco discutido no Brasil é que, para quem investe em reais e vive com despesas em reais, o título de menor risco é o emitido pelo próprio Tesouro Nacional. Ele, em conjunto com o Banco Central, define a moeda, controla a taxa de juros e garante o pagamento. Qualquer outro emissor, seja banco ou empresa, carrega mais risco do que o governo na sua própria moeda, e aqui onde vejo pouco incentivo a migrar para outro investimento. IPCA+7% já é muito juros e com um risco de crédito muito baixo!
Claro, o risco país existe. Mas ele está embutido nos prêmios pagos por esses títulos — e é exatamente por isso que hoje conseguimos travar IPCA+ 7%: o mercado precifica instabilidade fiscal, ruído político e incerteza de médio prazo. Para o investidor de longo prazo, essa é a simetria perfeita: riscos que parecem grandes no curto prazo, mas que se diluem ao longo de décadas.
Mas... o IPCA realmente reflete a inflação do meu dia a dia?
Essa é uma crítica válida, que ouço bastante e que precisa ser endereçada. O IPCA — Índice de Preços ao Consumidor Amplo — é a principal métrica oficial de inflação no Brasil. Mas como todo índice, ele tem limitações. A cesta do IPCA reflete o consumo médio de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Se você, tem renda superior a essa faixa, consome mais serviços do que produtos, ou vive em uma cidade onde o custo de vida cresceu mais rápido do que a média, é possível que sua inflação pessoal seja maior do que a medida oficial.
No entanto, o IPCA ainda é o melhor termômetro de longo prazo para proteger patrimônio. Ele é amplamente aceito, auditado, transparente e, o mais importante, serve como base para a política monetária. Ou seja, quando o IPCA sobe, o Banco Central reage — e o seu Tesouro IPCA+ também corrige o valor investido. É uma proteção imperfeita, mas extremamente eficaz.
Além disso, o IPCA não sofre intervenções políticas diretas, ao contrário de moedas que podem ser desvalorizadas por decreto. Ele pode ser contestado tecnicamente, mas não manipulado à vontade.
Inflação: risco ou oportunidade?
Sendo o Brasil um país com histórico de inflação elevada e instabilidade fiscal, o pior erro que você pode cometer é ignorar a inflação nos seus investimentos. E o melhor movimento que você pode fazer é travar uma taxa real elevada enquanto ela está disponível.
É aqui que entra a grande sacada do Tesouro IPCA+: ele transforma a inflação, de inimiga, em aliada. Cada ponto percentual de IPCA que você lê no jornal se transforma em mais rendimento no seu título.
Mas essa taxa vai durar?
Difícil saber. Estamos claramente em um mundo com maior instabilidade económica e política, haja visto a quantidade de guerras comerciais e militares que estamos presenciando, mas minha aposta aqui eh que esse prêmio de IPCA+ 7% ao ano é tambem um reflexo de um cenário brasileiro específico: risco fiscal elevado, desconfiança no arcabouço, ruído político e falta de âncoras confiáveis. Se houver qualquer sinal concreto de ajuste — mesmo tímido — esse prêmio começa a cair.
E aqui entra a lógica que todo investidor deve ter em mente: é exatamente quando o ruído está alto que se fazem os melhores negócios. Esperar “o momento certo” geralmente significa perder o bonde.
Conclusão: o melhor investimento não é o mais sofisticado — é o mais sólido
O Tesouro IPCA+ é, hoje, a melhor construção de longo prazo disponível ao investidor brasileiro. Rende acima da inflação, tem liquidez, previsibilidade e baixo risco. É o tipo de investimento que permite olhar para o futuro com tranquilidade, sem depender de apostas especulativas ou promessas de rentabilidade milagrosa.
Costumo escrever com frequência sobre tecnologia, blockchain, stablecoins e a reconfiguração estrutural do sistema financeiro global. E continuo firme na convicção de que manter uma pequena parcela da carteira exposta a criptoativos é, hoje, uma decisão estratégica — não por moda, mas por diversificação inteligente. No entanto, quando falamos da maior parte do capital investido, às vezes a melhor escolha está justamente no caminho mais simples — e acessível a todos. E esse é exatamente o caso do Tesouro IPCA+.
Dito isso, vale um adendo importante: para quem tem uma cesta de consumo mais concentrada em serviços — como saúde, educação ou viagens internacionais — manter uma parcela da carteira dolarizada pode fazer bastante sentido. E aqui, por que não considerar stablecoins como alternativa prática e acessível? Diversificar não é apenas uma estratégia de proteção, é uma resposta racional à complexidade do mundo em que vivemos.
O momento atual oferece uma combinação rara: previsibilidade no caos. Aproveitar isso é, acima de tudo, uma questão de visão.
Abraços,
Gustavo Cunha
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