Assistindo recentemente a entrevista do Lex Fridman com a Gini Rometty, que foi CEO da IBM durante mais de uma década, e que fez a transição da IBM de uma empresa de produção de hardware para uma empresa de software, um conceito que discutiram ficou ecoando na minha cabeça até hoje: o conceito de Essencial.
Segundo Gini esse foi um dos conceitos que deu norte para toda a transformação de décadas da IBM para se tornar o que é hoje. Ser essencial traz consigo uma particularidade muito interessante que é o fato de não ser definido por quem o é, mas sim por quem o vê como tal. Explico.
Se uma empresa, solução ou pessoa é essencial na sua vida, isso é determinado por você, e não pela empresa, solução ou pessoa. Quem o define é externo ao ente que está sendo definido. Isso traz uma visão superimportante e que se assemelha ao conceito de foco no cliente. Mas não para suprir suas necessidades, para ser essencial para ele.
Steve Jobs na época que ficou à frente da Apple utilizou esse conceito com primazia. Quando ele mencionava que o cliente não sabia exatamente o que queria, que você precisava criar a necessidade, o que estava por trás nada mais era o conceito de se tornar essencial. Antes do Iphone e de digitarmos tudo em tela, o Blackberry era o “essencial”, mas que foi arrasado pela quantidade de facilidade que os aplicativos da Apple trouxeram e sua facilidade de usar via a tela “touch”. Isso ficou essencial para nós hoje e ele criou uma nova categoria que é a categoria dos smartphone.
Se o essencial de telefones antes era sua função de falar com outras pessoas, hoje isso é o que menos fazemos nele. Digitamos, interagimos nas mídias sociais, mandamos e-mails, procuramos notícias, nos localizamos, fazemos tudo isso e muito mais além de utilizá-lo para falar com alguém de tempos em tempos.
Ser essencial é tentar buscar o olhar do outro e se moldar à medida que as necessidades, fases, aspirações desse outro se alteram. É um conceito extremamente amplo e complexo. A primeira coisa que me vem a cabeça é a necessidade de uma interação e compreensão desse outro que poucos têm. Não sei ao certo se aqui isso poderia ser resumido a técnica, que ajuda muito sem dúvida, ou se temos aqui um “q” de percepção também.
Fazer com maestria essa leitura do outro é muito difícil e incorre em uma dedicação de horas enorme. Apesar de aqui estar mais focado no direcionamento de empresas e corporações isso é válido também para nosso convívio social e familiar. Ser essencial é uma das coisas que nos torna humanos. Gostamos de interagir, de receber feedbacks e dar feedbacks a todos.
Voltando ao conceito de ser essencial para empresas, tenho que confessar que no caso da Fintrender, isso ainda não é um conceito que está plenamente endereçado. Produzo muito conteúdo e tenho interagido muito mais hoje do que antes com o publico que o consome, mas ainda tenho dificuldade de entender se ela se enquadra na categoria “nice to have” (legal) ou na categoria essencial para esse público. Muitos diriam que o simples fato de não saber já é uma resposta em si, e por isso tenho trabalhado arduamente para chegar na essência do que as pessoas querem com a Fintrender, direcioná-la para esse caminho e, ai sim, torna-la essencial.
Um outro conceito que anda em paralelo a essa discussão é como gerar valor em modelos de negócio que trabalham com abundância, que é o caso dos modelos de geração de conteúdo. Dois caminhos são os mais utilizados: o de BtoC (direto com o consumidor final) e o do BtoB (via empresas). BtoC requer uma dedicação enorme e uma constante interação com todos e, a meu ver, uma técnica e facilidade de comunicação que não é trivial de termos.
Desde o início desse ano tenho interagido muito com o João Hazim e o Caio Vicentino que fazem isso com uma maestria e facilidade enorme e aprendido muito com eles. Caio é um comunicador nato. Incrível como ele cativa e tem carisma. João sabe muito bem como lidar com seu público, é curioso, inovador e hard-worker. Os dois são muito bons no que fazem e tem estilos diferentes.
Tenho aprendido muito com eles e ambos trabalham esse conceito de ser essencial muito bem. Ambos focam no modelo de BtoC.
Eu, apesar de tatear esse modelo de BtoC durante esse semestre, e continuarei a fazê-lo, devo focar mais no modelo de BtoB pra frente na Fintrender. O dilema aqui é que as coisas não são tão binárias assim. Se não tiver um publico que o ame e o ache essencial, por que uma empresa o acharia? Nesse modelo de educação em um ambiente de abundância a busca por ser essencial é constante e muito importante para o futuro do negócio.
Será a Fintrender e seu conteúdo já essencial para alguém? Algum dia se tornará essencial para todos? Muito difícil responder porque a resposta não pode vir dela e sim de vocês.
E a palavra Essencial continua ecoando.
Espero algum dia ter a segurança de ter um negócio que seja essencial, tal qual vejo hoje pessoas e negócios que são essenciais para moldar e fazer a pessoa que sou hoje.
E, por fim, deixo-os como de costume com uma provocação: você, seu trabalho e/ou empresa são essenciais para quem?
Gostou? Compartilhe e comente nos links abaixo...
Seguimos em contato nos links abaixo
Site: @Fintrender
Youtube: FinTrender - YouTube
LinkedIn: @Fintrender
Instagram: @Fintrender
Twitter: @Fintrender
Facebook: @Fintrenders
Podcast: Fintechs e novos investimentos
🎇Colecionável Fintrender 🎇
🔉 NFT exclusivo com arte associada a esse texto
🤲 “mintagem" grátis e liberada as 13:00 do dia 21-jun-2023
🧾 Edição limitada (quantidade definida pela quantidade de likes do texto minutos antes)
Site: Gotas.social 🗝️Codigo: FINTRENDERESSENCIAL
Parabéns...