🪞 TradFi copia cripto. Cripto copia TradFi.
No fim, quem dominará o setor financeiro da próxima década?
Nos últimos anos, o que parecia ser um duelo direto entre dois mundos acabou se transformando em uma integração, que eu pessoalmente achava inevitável. Se no seu início a narrativa era de que as finanças descentralizadas (Defi) viriam para destruir as instituições tradicionais, hoje a realidade mostra um cenário de simbiose. TradFi e cripto estão se olhando, se copiando e, mais importante, se misturando. A grande dúvida que surge é: quem será o dominante nesse processo? Haverá algum?
De um lado, o mundo tradicional vem absorvendo o que antes era visto como ameaça. A criação dos ETFs de bitcoin aprovados por reguladores americanos é um exemplo emblemático. O ativo que nasceu para fugir dos bancos e da supervisão estatal agora circula dentro da prateleira de investimentos dos maiores gestores do planeta. Custódia de cripto? Não é mais exclusividade de startups ou exchanges. Hoje, instituições financeiras centenárias oferecem esse serviço, colocando sua marca e seu selo de credibilidade num mercado que antes era visto como terra sem lei. A Nasdaq, por sua vez, já anuncia planos para tokenizar ações, transformando um pedaço do mercado tradicional em tokens que podem circular em novas infraestruturas digitais.
De outro lado, o mundo cripto também não está parado. Protocolos como ONDO e BACKED estão tokenizando ativos tradicionais – de ações e ETFs a títulos de dívida – e trazendo para o blockchain representações de praticamente tudo o que existe em TradFi. Chainlink é uma outra importante nesse mercado e que tem fechado diversas parceiras para trazer dados de tradfin onchain com players enormes nesse mercado como a Deutsche Borse por exemplo.
Stablecoins já cumprem esse papel para o dinheiro fiduciário, e agora a lógica se estende para todo o resto. A promessa é simples: se você pode colocar o valor de um dólar na blockchain, por que não poderia colocar também a participação em uma empresa, um fundo ou um título público? O resultado é uma crescente tokenização de ativos de tradfin para dentro do ambiente não-permissionário de cripto.
Essa duas vias criam uma dinâmica espetacular. Enquanto bancos e bolsas tradicionais se aproximam de cripto para não perder relevância, protocolos descentralizados estão reconstruindo o mercado financeiro dentro de sua própria lógica, em paralelo. É quase como se houvesse duas correntes puxando para lados opostos, mas que, paradoxalmente, estão levando para o mesmo ponto: um mercado híbrido, uma simbiose entre tradfi e cripto.
E aí surge a questão: estamos diante de um processo em que o TradFi, com seu peso regulatório, seu capital e sua infraestrutura, vai prevalecer e ditar as regras? Ou será que o contrário vai acontecer, e a liquidez, a velocidade e a eficiência dos protocolos descentralizados acabarão impondo uma nova lógica, transformando o que conhecemos como mercado financeiro em uma imensa blockchain global?
A verdade é que sinais existem dos dois lados. TradFi está se digitalizando na direção cripto, e cripto está se institucionalizando na direção TradFi. Quem será o dominante? Difícil dizer. Talvez o destino não seja a vitória de um sobre o outro, mas a fusão dos dois em algo novo, que ainda não conseguimos prever na sua totalidade.
A pergunta que fica no ar é: daqui a dez anos, estaremos negociando tudo em ambiente cripto, tokenizado, descentralizado e sem fronteiras? Ou continuaremos nos mesmos ambientes que já conhecemos hoje, apenas mais eficientes e com uma camada digital mais sofisticada? Me diz o que acha.
Abcs
Gustavo Cunha
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