↗️ Rumo e resiliência ↖️
Definir o rumo a seguir nem sempre é fácil, e ser o motorista em todo o caminho então
Uma das coisas que em geral está associada ao sucesso é você ter um rumo, um foco e ir adiante. A palavra que melhor descreve isso é DRIVE. Sim em inglês, mas não encontrei palavra única em português que conseguisse traduzir isso.
Ter um rumo significa em muitos casos ser resiliente, saber desviar das distrações do dia a dia e seguir no rumo traçado. Isso por si só requer um protagonismo em relação a sua vida. Protagonismo esse que as vezes não está presente. As vezes queremos que o fluxo nos leve, que não tenhamos que ser o motorista desse carro o tempo todo.
Sempre fui favorável a estar cercado de pessoas que me puxassem e não de pessoas que eu tivesse que puxar. Explico. Há pessoas que não tem tanto essa questão de rumo ou foco e vão simplesmente seguindo do fluxo e, nessa de seguir o fluxo, necessitam de alguém que as guie pelo caminho. Essa questão não tem nada a ver com inteligência, classe econômica ou escolaridade. Vejo muito mais como uma questão de confiança e perfil. Tem gente que coloca a coisa na cabeça e segue, se desviando e incorporando aprendizado a todo momento. E tem gente que se ancora nos sonhos/rumos dos outros. Ambos são felizes e entendem que tem sucesso dentro de suas realidades.
Ambos os perfis também geram amizades muito boas, mas quando colocamos isso no campo do empreendedorismo o primeiro perfil claramente se sobressalta. É ele que cativará as pessoas a seguirem os seus sonhos e fará a transformação.
Agora será que somos assim o tempo todo? Será que o Bill Gates nunca teve dúvidas ou tédio? Duvido. Humano como nós, ele também tem dúvidas. A diferença talvez seja sua atitude. O que fazer nesses momentos? Se confortar com “gastar” o tempo por um determinado momento? Tentar conectar ainda mais com família e amigos? Explorar algo novo?
E aqui voltamos a um tema que já escrevi que é o tema de motivação e não vou me estender nele.
Sobre o rumo e ser protagonista, será que isso tem a ver com perfil ou conseguimos nos moldar? Todos que estão empreendendo tem esse protagonismo inerente ao processo. Tem que convencer outros, colaboradores, investidores, sócios, que o rumo que quer tomar é o melhor a todo momento. As vezes isso cansa e não tenho dúvidas que muitos empreendedores gostariam de, em alguns momentos, sentar-se no banco do passageiro desse carro que vai no rumo determinado.
Quebrar barreiras e convencer outros o tempo todo não é uma tarefa fácil e requer muita, mas muita, resiliência. Resiliência talvez seja a palavra melhor para descrever esse protagonismo em uma certa direção.
Muitas vezes associamos resiliência a profissionais de grandes empresas, no sentido de ter que aguentar chefes, estruturas matriciais, politicagem, e continuar lá pois não quer deixar de ganhar seu salário e bônus. Resiliência nesse sentido é importante, mas arriscaria dizer que para empreendedor isso é ainda mais primordial.
É a diferença entre perder um emprego e a sua startup, empresa, fintech etc. dar certo ou ir para o buraco. Em geral o comprometimento em uma empresa que você criou e é um dos principais sócios é muito maior e seu protagonismo também.
Um presidente de um banco tem obviamente que ter muita resiliência, mas um empreendedor de uma empresa média tem isso muito mais ligado ao nível pessoal. O presidente de banco muda e o banco continua no rumo. Há uma estrutura, uma governança. Se o principal empreendedor de uma startup muda, o rumo é automaticamente questionado.
Essa personalização traz ao nível pessoal uma carga de trabalho, e emocional, que não é pequena. Errar nesses casos é um baque muito grande, muito maior do que perder seu emprego. Em um mundo onde cada vez teremos menos empregos, o que você acha que os jovens vão ter que aprender? Sim, a empreender. Uma pressão que será levada na boa por muitos, mas para alguns perfis será bem difícil.
Serão eles capazes de se juntar ao sonho dos outros? Se associar a uma pessoa com um perfil mais empreendedor? Será esse o melhor caminho? Dúvidas super justas e que vejo muitos jovens hoje tendo.
Independentemente do caminho, resiliência é o nome do que todos tem que ter. Resiliência. Resiliência. Resiliência. Fácil de falar, não tão fácil de escrever e mais difícil ainda de ter. Por que difícil? Porque ela requer que saibamos o rumo, o que em muitos momentos não é verdade.
Além disso resiliência remonta a que tem algo nos indicando que devemos mudar, mas que não devemos. Seguir sempre em frente mesmo na adversidade. E se a adversidade estiver mostrando que a mudança de caminho é necessária? Quando ouvir aquele sussurro no ouvido dizendo isso e quando ignorá-lo?
Tem um aspecto interessante disso que é fato de que com a idade essa percepção de coisas não escritas/faladas se intensifica. Na verdade, não sei ao certo se ela se intensifica ou simplesmente começamos a ouvi-las melhor, mas o fato é que pesamos mais isso nas nossas decisões. Coloco todas essas percepções sob a alcunha de Feeling. Existem interações, investimentos, reuniões etc. que você sai com aquela pulga atrás da orelha. O falado e escrito está tudo certo, mas tem algo não racionalmente explicado, que nos diz que tem algo errado. Já passei por várias situações como nesse sentido e confesso que sempre que calei o sussurro acabou levando a situações ruins.
O outro lado também é verdadeiro. O racional nos diz que para não é para fazer, mas no fundo sentimos que devemos. Hoje levo esse “feeling” muito mais a sério do que levava quando era mais novo.
Por fim, ficam sempre as perguntas. Conseguimos nos moldar para as vezes sermos o motor do nosso rumo e as vezes sermos levados? Ou isso já vem no nosso DNA? Tendo visto o vídeo do TED - Fake until you become it (finja até que se torne o que quiser) - acredito que conseguimos nos moldar, mas a qual custo? Será que isso nos trará mais felicidade? Temas para outras reflexões.
E você o que tem a dizer disso? Qual seu perfil? Consegue se moldar? Comente e vamos refletir juntos!
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